GERAL

GMB x Sindicato: operário é quem paga o pato !!!

GMBNesta quinta-feira, dia 24 de julho de 2014, a GM do Brasil informou ao Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos sobre a necessidade de conceder lay-off a parte de seus empregados. Esta medida tem como objetivo ajustar a produção a atual demanda do mercado brasileiro”, informou em nota a montadora. A empresa não forneceu mais detalhes e nem o número de empregados que podem ser afetados.

O Sindicato dos Metalúrgicos se posicionou contra e afirma que não há excedentes de mão de obra “Essa medida normalmente é motivada por crise financeira e ou no mercado para evitar demissão.”

Durante a vigência da suspensão do contrato de trabalho, o salário do funcionário é pago em parte pelo governo federal, por meio do FAT (Fundo de Apoio ao Trabalhador), e em parte pela empresa, mas não há encargos trabalhistas para o empregador. O trabalhador é obrigado a frequentar curso de requalificação de mão de obra.

Não é primeira vez que a montadora adota suspensão temporária de trabalho de empregados na unidade de São José dos Campos. Em agosto de 2012, a companhia adotou essa medida, no pico da crise no setor denominado de MVA (Montagem de Veículos Automotores).

Nesse setor eram montados modelos como o Classic, Corsa e Meriva, que posteriormente deixaram de ser produzidos pela empresa em São José. Na ocasião, 940 dos 1.840 trabalhadores do MVA tiveram o contrato de trabalho suspensos por um período de 60 dias. Em dezembro de 2012, cerca de 600 empregados foram demitidos pela empresa.

Este ano, a GM já concedeu duas férias coletivas para os trabalhadores da planta de São José. Em abril, a montadora suspendeu a fabricação de motores e transmissões por 21 dias. Este mês, metalúrgicos entraram em férias coletivas no dia 7 de julho, por 16 dias.

Pois é, as esdrúxulas interferências do Sindicato dos Metalúrgicos nas atividades das empresas, acabam criando situações onde o empresariado prefere fechar as portas da empresa e transferi-la para outros estados, onde sofram menor desgaste social no relacionamento com os empregados, em função do sindicalismo ser muito mais cuidadoso, preferindo fomentar parcerias com o empresariado, no sentido de manter o emprego ao contrário de pressionar o empresariado, como foi o caso de São José dos Campos, na busca por salários e benefícios cada vez maiores o que, na prática, acabou por afetar o lucro, que é a palavra chave do empresário!

Quem pariu que balangue e, neste caso, os empregados devem cobrar do Sindicato dos Metalúrgicos, a irresponsabilidade pelos atos errôneos de anos, que culminaram com a situação atual de penúria, onde a empresa, cada vez mais alvo da opinião pública, em razão dos inúmeros “re-call”  ao qual estão sendo submetidos os veículos por ela fabricados, com estoques elevados e baixas perspectivas de vendas, analisa possibilidades de real fechamento da unidade em São José dos Campos.

Nesta fase, o consumidor desaparece, eis que nem pensa na compra de veículo de uma empresa com tanta agitação do ponto de vista sindical, onde existem reais possibilidades de fabricação de produtos com defeito ou falta de peças, com iminente riscos de cair num destes inúmeros “re-call” disparados quase todo mês!